Procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais enquanto alternativa de reabilitação para pessoas com deficiência auditiva: uma análise dos dados disponíveis no Datasus
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v14i8.2401Palavras-chave:
Deficiência Auditiva, Tecnologias Assistivas, Sistema Único de Saúde -SUSResumo
Dados da OMS apontam que mais de 1,5 bilhão de pessoas no mundo vivem com perda auditiva, sendo que até 2050 esse número pode chegar a 2,5 bilhões. No Brasil, 2,3 milhões de pessoas são deficientes auditivos. Atualmente existem tecnologias assistivas que proporcionam maior autonomia e inclusão social às pessoas com deficiência auditiva, além de o SUS oferecer assistência integral a essa população a partir de procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais de reabilitação. Nesse sentido, o presente artigo consiste em um estudo ecológico transversal de série temporal, o qual tem como objetivo caracterizar os procedimentos cirúrgicos e ambulatoriais para reabilitação de pessoas com deficiência auditiva realizados na rede pública de saúde entre os anos de 2010 e 2022, a partir de dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares e Ambulatoriais do SUS. Observou-se que, dentre as opções de reabilitação, o Aparelho de Amplificação Sonora Individual é o mais utilizado, com uma média de 159,6 mil atendimentos anualmente. Os procedimentos cirúrgicos crescem em número a cada ano, contudo, a pandemia de Covid-19 impactou na utilização desses serviços. O número de procedimentos realizados por região do país aponta a falta de acesso a esses serviços em regiões mais afastadas. O uso de AASI é predominante entre as pessoas com mais de 65 anos, e o Sistema FM mais utilizado por indivíduos entre os 5 e 14 anos, coincidindo com a idade escolar.
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