Logística verde na indústria de papel e celulose: estudo de caso no Uruguai
DOI:
https://doi.org/10.7769/gesec.v14i11.3152Palavras-chave:
Logística, Competitividade, Infraestrutura PortuáriaResumo
Este artigo analisa como mercados saturados procuram alternativas para a expansão de seus negócios maximizando ganhos financeiros, sendo a questão da infraestrutura logística favorável papel determinante na localização de uma fábrica de pasta de celulose da empresa transnacional finlandesa Botnia no Uruguai. A posição geopolítica privilegiada do país no cone sul, entre o Brasil e a Argentina, no caminho das principais rotas marítimas internacionais e no centro da rota Buenos Aires – São Paulo, também é evidenciada. A navegabilidade do rio Uruguai, localização estratégica dos portos uruguaios e a política nacional de incentivos financeiros, fiscais e aduaneiros, combinada com rotas de escoamento via rodovias, ferrovias e pela bacia do Prata, se mostram como vantagens competitivas importantes no processo de implantação fabril. A política de florestamento uruguaia e as áreas que gradativamente substituíram a pecuária pelo eucalipto, acumulando uma fonte importante de manutenção do fluxo de matérias primas para esta indústria em uma qualidade ainda maior que a encontrada no hemisfério norte, local do escoamento da produção da Botnia, são também analisadas como fatores fundamentais ao processo. No aspecto logístico da localização da fábrica em Fray Bentos está uma estratégia interessante com a utilização de transporte de baixo custo fluvial combinado com meios de armazenagem em balsas em movimento com uma rede de parceiros logísticos muito bem estruturada, culminando na eliminação da necessidade de um armazém para armazenamento de produção próxima da fábrica, elemento decisivo para a vantagem de custos na localização da empresa em território uruguaio. Este sistema pode ser considerado ecologicamente correto, uma “logística verde”.
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